segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Prólogo

Prólogo


Quando eu cheguei na aldeia durante segundos não acreditei no que vi. A caça caiu no chão quando eu não acreditei, sujando de terra a comida escassa. Levantei a cabeça de novo para olhar, tive certeza que era real.


Foi como se o propio deus do ar tivesse varrido toda a aldeia, mas logo vi que era coisa de um humano, apenas homens velhos e crianças sobraram em torno dos mortos, nunca vou me esquecer do barulho do choro das crianças, lembro de ter pensado: Nunca vô te um pesadelo pior que esse momento.


O grupo de caça se desperçou procurando seus parentes. Eu fui atraz de pegadas, de onde eles vieram? Para onde Japê foi levada? Não foi dificil de achar, as pegadas grotescas sequer foram apagadas era como se quisesse que eu os perseguisse e este não pareceia ter sido o primeiro dia.


- O que procura Dijê?

- Eu vou atraz deles velho.

- Então deixa eu te preparar.


Não tinha muito tempo, o grupo de caça ficou longe demais, percorremos os caminhos mais longos e agora eu entendo por que a caça se afastou tanto. Esses malditos demónios


Enquanto eu atravessa a aldeia em busca de armas, me falaram de um deles que tinha se machucado. Ele amarrado de forma até bem confortavel, fazia medo para quem se aproxima-se gritando e batendo na maldita couraça reluzente deles, parecia que imitava um Deus. Enfiei a lança de caça na coxa dele, não tinha mais sentido ela ser de caça. Ele gritou feito um porco. O sangue que espirou dele me deu uma certa paz, mas eu lembrei dela, do cheiro de quando me beijava, durante os dias de caça eu senti esse cheiro todos os dias quando acordava, todos os dias. Sem pensar muito eu me vi girando a lança e empurrando ela ainda mais dentro da coxa dele. As senhoras assustadas calaram a boca quando eu disse: " O maldito sangra e vai ser morto". Puxei a lança com força o grito de dor dele me fazia feliz. Continuei a caminhada mas dessa vez com o meu novo amigo branco sendo arrastado pelo cabelo, atravessei mais uma vez a aldeia joguei ele bem no meio enquanto via inumeras crianças me olhando querendo uma explicação de como um mundo inteiro pode ser destruido assim, eu não tinha essa resposta e continuei. Peguei o arco enrrolei em algumas cordas o maximo de flexas que eu poderia carregar. Deixei a lança perto do meu novo amigo, sem disser nada eu atirei nele uma flexada que perfurou a mão esquerda, enquanto ele gritava de dor eu tirei o capacete dele, derrepente ele começou a chorar, a chorar!! O homem que destruiu toda a minha aldeia pensa que é humano. Eu ri quando vi aquilo, um fraco que implora por sua vida, deixado pelos seus companheiros demónios. Antes de qualquer coisa so preciso ter certeza de para onde vou, fui de novo nas pegadas eles rumam para o sul daqui a dois dias de caminhada há um grande rio, eles precisaram de três dias de caminhada.


O velho me chama quando estou atravesando mais uma vez o centro da aldeia eu grito para que as velhas ainda não matem ele, elas olham para mim com ódio no olhar, elas não veem medo em mim. O velho começa a cantar e defumar uma fumaça que nunca tinha sentido antes, lembro do cheiro do corpo dela, era diferente nunca encontrei cheiro igual, nunca encontrei cheiro igual, nunca me esqueço dos olhos dela, o meu corpo banhava ela de suor, ela me beijava e ria do meus olhos apaixonados.


Guribê entra sem pedi permissão ao pajé.


- Onde tu vais?

- Atras deles

- Tu ta indo atras dela

- Sim

- Vamo embora daqui, olha o que aconteceu vamo reconstruir tudo longe daqui vamo embora.

- Sim, voces vão e construam para depois do rio as costas da aldeia. Te lembra que o rio é longo e de dificil atravessar os velhos sabem como fazer, esperem o resto da tribo lá.

- Mesmo que tu consiga chegar nela, tu não vai voltar

- Eu sei.

- Mesmo assim ta indo!

- Quando penso, em nada muda meu ver, em nada muda..

- Podes morrer...

- Cala-a-boca caralho! Leva o que restou da aldeia. Do meu destino não tenho medo isso que me da força. Quando tu fala só me da vontade em ficar longe de ti ou te matar.


Toda a conversa não desconcentrou o velho que olhou nos meus olhos e disse: Tu vai ter um pedido pra fazer, água e ao vento. Toma não leva teu tacape, leva esse se o dono aparecer entrega pra ele e olha nos olhos dele quando fizer.

Não costumo ir contra as vontades ou conselhos do velho e hoje não foi diferente. Fui até o centro da aldeia, de frente pro branco desenhei a aldeia e perguntei a ele para onde os demónios foram ele apontou pru norte, vi uma certa honrra nele, entreguei meu tacape a velha, que girou a arma e afundou o cranio dele.


Flexas, arco, tacape. O velho amarrou em meu braço uma fina corda longa, deu umas sete voltas no meu braço, cheguei no limite da aldeia olhei para cima, nuvens se formavam e eu pedi para que chuvese por dois dias, ainda escuto o barulho dos trovões quando dei o segundo passo para fora e uma chuva forte começou a cair. Lembro dela dançando na chuva, rindo por que dançava na chuva, aquele sorriso me mostrou o caminho do meu propio coração.





Bom dia

Depois de algum tempo deixando o projecto quieto, o retorno.

As semanas de ensaio do Dom quixote me renderam uma experiência incrivel em sombra.
A estreia foi semana passada. Hoje começa a organização do Sorteio de contos.

A ideia da tarde esta liberada me deixa motivado a ensaiar no horario das 15h as 17h. Devo dizer que quero assistir filmes essa semana, usualmente as 18h.

Os treinos continuam de manhã na academia do Sifu Marcio.

Os dias livres na manhã quero ir nos médicos para exame mensal que virou anual.

Basicamente essas duas semanas antes da viajem serão dedicadas ao projeto.

Obrigado, até logo.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Escrevi mais mais uma vez para ela:

Uma mulher com o arco-iris atravessado em seus cabelos, soltos pareciam tempestades, daquelas que afundam barcos de marinheiros audaciosos.

Os olhos feitos de aventura, lembra daquela vez que me perdi e demorei horas pra me achar.

O sorriso prende pela mordida.

Tudo se torna perigoso quando feito para andar no rio atravessa o mar.

Sabe como lidar, se já sabe da dor

As ondas tomam conta da proa lentamente, gradual é inevitavel.

Sorriem, mergulhados em paz.



Devaneios e Machucados #4

Olá pessoas. Veio o ano novo, cheio de coisas boas a todos (Ei! Relaxa que ta chegando).

E que comecem os novos trabalhos!

A principio vou ajeitar a agenda quando eu comprar uma, amanhã.
Hoje eu não fui no MiaSombra por causa do pé batido do final de semana. Eu andei em pedras, na volta tava escuro e eu sem oculos, ai sabe como é né Ley de Murphy coisa e tal. Acordei com meu pé inchado e dolorido. Quando eu ando doi, quando aperta doi, a noite vou passar andiroba e um pano de agua quente.

Bom mais de resto tenho praticado outros ritimos para o pandeiro, penso que outras historias pode ser um instrumento de muita valia.

Vou continuar me apresentando na praça como plano A penso em continuar a fazer no sabado a tarde, o publico não é grande mais é legal. penso que na terceira apresentação do mês será no domingo.

Vou escrever esta peça no cenas curtas do Cine Horto, e pra falar a verdade não tenho muita esperaça de passar mas como eu já vou estar lá tentando o Oficinão, por que não né, pelo menos apresento o espetaculo fora de Belém (olha esse curriculo =D ).

O Sifu Marcio, meu professor de kung-fu esta apoiando o solo cedendo a academia, descobri inclusive que mesmo fechada eu posso ir e treinar no patio, legal né, fecha o problema que tava tendo do lugar para treinar, a academia é bem proximo de casa, evita transito e perigos de andar de bicicleta.

Vou modificar a cena do indio.
Precisso melhorar a estetica, quanto a figurino e visual de personagem essas coisas.

Penso que Iubira terá de ser mas solido daqui pra frente , começarei a contar a historia dele por este blog, junto com a historia do professor.

sábado, 18 de dezembro de 2010

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A cores se pronunciam entre as palavras.

As cores se pronunciam entre as palavras.
Ficamos calados e nos beijamos.
O voou:
Arrancado da terra de forma brusca,
desemrraizado sequer houve qualquer vontade de ficar e fui.
O prazer de estar dentro daquele furacão, fez os olhos fecharem,
uma força que te joga a todos os lados e te puxa, te prende, te solta.
A água do rio bateu na madeira.
A garça que passava rente ao rio gritou para o Urubu que passava rente ao céu:
- Égua do urubu fedorento!
- Égua da garça fresca!
Mas foi quando os olhos da nuca dela se fecharam, o vento forte se transformou em uma brisa, tudo fez sentido algum, apaixonadamente sem sentido.
As nuvens cinzas se abrem ao sol vermelho

Conversar

P
10:45
hehe
10:45
hauhauhauhauahauhauhauhaua
10:45

10:45
hahahahahhahaha



10:45
Lucas
10:45
ahUAHuAHua



10:45
P
10:45
hey e como foi lah na praça
10:45
?
10:45
vc apresentou o trabalho?



10:45
Lucas
10:45
Égua nego foi otimo
10:45
Deu mais gnete que todos os dias no ver-o-rio juntos



10:45
P
10:45
hehehe
10:46
q bão
10:46
:D



10:46
Lucas
10:46
Foram sete pessoas
10:46
Que pararam para assistir



10:46
P
10:46
q dia vc apresentou?



10:46
Lucas
10:46
sabado



10:46
P
10:46
legal
10:46
tah cativando o publico
10:46
pows, no sabado sai 7 horas daki
10:46
=/



10:46
Lucas
10:46
Vou ficar fazendo sabado até ficar pronto pro domingo
10:46
Égualiti



10:46
P
10:46
hum...



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Lucas
10:47
Ei me convida pra almoçar que eu vou



10:47
P
10:47
como assim fazer no sabado pra ficar pronto no domingo?
10:47
hehehehhehe
10:47
hey



10:47
Lucas
10:47
Domingo é pauleira
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Sabado é tranquilo



10:47
P
10:47
mas eu to no trabalho e almoço por aki
10:47
hum... entendo



10:47
Lucas
10:47
A ta pensei que estavas na tua casa



10:47
P
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no no
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quem me dera...



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Lucas
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O Milton assisitil e fez algumas observações



10:48
P
10:48
legal



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Lucas
10:48
Ele acho que ainda esta em construção
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Falata eu dar uma olhada no ritimo das vozes dos personagens



10:48
P
10:48
mas seeeempre vai estar em construção
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vc quer um trabalho pronto?



10:48
Lucas
10:48
é né



10:48
P
10:48
enitaum páre de fazer performance
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work in progress
10:48
work in proccess
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ou qqer coisa parecida
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cara... das duas uma: ou abraça a ideia de performance e tira esses conceitos de teatro da tua cabeça
10:49
ou entaum formata td pra teatro



10:49
Lucas
10:49
Ele acha que to com medo do publico no sentido de não cativa-lo tanto



10:49
P
10:49
teatro de rua
10:49
vc tem q relaxar em relação ao publico
10:49
o medo eh evidente
10:49
mas tds nos temos
10:49
e eh ateh legal ter
10:50
pra poder respeitá-lo (o publico)



10:50
Lucas
10:50
Linda frase



10:50
P
10:50
a rua eh publica mas existem regras estabelecidas pela propria rua e seus transeuntes
10:51
sentir essas regras é fundamental
10:51
nem q seja pra depois quebrá-las totalmente



10:51
Lucas
10:51
Pois é quando eu chegei foi estranho eu invadindo aos poucos e os moradores da praça me olhando com desconfiança e fazendo pequanas piadas



10:52
P
10:52
não se preocupe com a cativação do publico
10:52
isso eh consequencia do seu trabalho
10:52
esses olhares e essas piadas eh o jogo q eles estyão estabelecendo contigo
10:53
tem q descobrir a melhor forma de jogar com eles
10:53
a partir daih
10:53
o transeunte q te joga a piada, é pq ele não conhece outra forma de interagir com vc, e no fundo no fundo ele tb tá querendo participar de td o jogo
10:54
e joga a piada pra imergir junto com vc
10:54
(isso é o q eu acho)



10:54
Lucas
10:54
Égua Pedro loko



10:54
P
10:54
logico q há limites, neh?



10:54
Lucas
10:54
Sim claro



10:55
P
10:55
mas na medida do possivel tente jogar com isso



10:55
Lucas
10:55
No final de tudo eles gostarm muito me fizeram muitas perguntas e pediram um incenso
10:55
Foi massa



10:55
P
10:55
num tô pdizendo!



10:55
Lucas
10:55
Me senti renovado, tava com muits duvidas sobre esse solo



10:55
P
10:55
os moradores de rua vão se sentir mto mais confortaveis qdo vc se mostrar confortavel com a presença deles
10:56
q bom q vc tah se sentindo assim
10:56
isso eh o prazer de um bom trabalho realizado



10:57
Lucas
10:57
Percebo a importancia do público para que haja de verdade o jogo



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P
10:57
si si
10:57
na verdade soh há espetaculo se ha plateia neh?



10:57
Lucas
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Fato



10:57
P
10:57
a obra soh continua a ser transformada se há pessoas para transformá-la
10:58
e vc tem q aceitar q o seu trabalho sempre vai tah se transformando
10:58
se modificando
10:58
quer pelos espectadores
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quer por vc mesmo
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ela nunca vai ser parada
10:58
estaganada